Cerca de 4.500 animais encalhados na faixa de praia do litoral paranaense – 90% deles encontrados mortos – foram atendidos por pesquisadores da Universidade Federal do Paraná nos 27 primeiros meses do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS). Formado por 56 integrantes, o grupo multidisciplinar faz o monitoramento diário da região – um trabalho que é desenvolvido simultaneamente em vários estados brasileiros e conduzido como condicionante ambiental pelo Ibama.

A UFPR faz parte de uma coalizão de 14 instituições que atuam em colaboração para cobrir 800 quilômetros de praia entre Laguna-SC a Ubatuba-SP. No Paraná, o PMP-BS é executado pelo Centro de Estudos do Mar da UFPR, por meio do Laboratório de Ecologia e Conservação desde 2015.

As ações do PMP-BS são uma das exigências para o licenciamento ambiental federal de atividades da Petrobras para produção e escoamento de petróleo e gás natural no Polo Pré-Sal da Bacia de Santos. A proposta é avaliar a interferência destas atividades sobre aves, tartarugas e mamíferos marinhos.

O trabalho envolve a avaliação e o atendimento veterinário a animais encontrados vivos pelas equipes. Os animais mortos passam por necropsia para identificação da causa da morte e da condição de saúde do indivíduo pré-morte. Os resultados das análises realizadas podem apontar se houve ligação com atividades humanas, como pesca, colisão com embarcações e até contaminação por óleo.

O monitoramento é diário na parte continental do litoral do Paraná e em praias expostas da Ilha do Mel. Além disso, há ações semanais em praias das ilhas das Peças e Superagui.

O projeto, que também acontece nas Bacias Potiguar e de Campos, é considerado inédito no mundo, pela intensidade de esforço de monitoramento e qualidade de dados gerados, principalmente com enfoque em espécies marinhas ameaçadas de extinção.

Fonte: Divulgação UFPR.

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